A8 Variantes - Manobras

 

Paisagens em caleidoscópio.


Práticas e imaginários que se dão a conhecer através de 4 variantes do festival:
Variante 1 os ITINERÁRIOS, local de encontro entre criadores com um longo percurso, com jovens que se afirmam;
Variante 2 as MANOBRAS, espaço de intensificação sensorial, de confronto e de comunicação, de fusão entre arte e vida, para lugares não convencionais interiores ou exteriores;
Variante 3 o QCV A8, aproximação ao trabalho de criadores que produzem discursos alternativos utilizando o audiovisual como suporte;
Variante 4 os PANORAMAS, espaço aberto à experimentação e ao ensaio de novos discursos no domínio do vídeo arte, do vídeo e da foto/instalação e da web.


Variantes não falta!
Percorra o A8 e deixe-se fascinar pelas paisagens!
Have a nice trip!

 

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#Manobras

 

As manobras são uma variante do festival par “lugares não convencionais” na cidade.
São constituídas por ações que encerram uma intenção de permeabilidades face à especificidade desses lugares, e que promovem o acto performativo nas suas mais diversas formas – na sua ligação ao tetro, à dança, á música, ao happening, à performance art, mas também às artes visuais.
10 ações selecionadas em concurso e apresentadas em simultâneo, por diversas vezes, nos dias 3 e 4 de Outubro entre as 18h e as 14h00.
10 manifestações fugazes e efémeras, da autoria de jovens criadores que ensaiam novos discursos e nosso diálogos com as artes e com a comunidade.
10 espaços de intensificação sensorial, de confronto, de comunicação, de fusão entre a arte e vida, entre representação e realidade, entre ‘erudito’ e ‘popular’, entre religioso e obsceno, entre poético e politico, entre intuição e racionalidade.
Uma outra digressão pelo centro da cidade.

Pasme-se.
 

 

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DESENHOS ANIMADOS

. Performance Art / Live Vídeo

 

Desenhos animados é um projecto a solo de manipulação vídeo em tempo real de um conjunto de desenhos do autor. Utiliza-se um software de VJ (arkaos) controlado a partir de um teclado midi, um laptop, projector vídeo, voz, alma e exposição dos desenhos originais. Actualização da ideia de canção ao piano em que a voz surge como acompanhamento e o teclado como forma de tocar imagens como se fossem sons. Transferência do lugar íntimo do atelier de criação para o lugar público da performance onde se experimenta a improvisação visual e a expressão intuitiva de uma realidade interior como modos de canalização e transmissão de uma energia vital livre das estruturas bloqueadoras da racionalidade entendida como processo civilizacional.

 

Data de Apresentação - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Tuna Comercial Torreense, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Concepção e Interpretação - VASCO DIOGO
Desenhos e Manipulação Vídeo - VASCO DIOGO

 

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CONTEMPLAÇÃO

. Instalação / Performance Art

 


Este projecto retoma, de certa forma, a temática já explorada nos jovens criadores. Partindo do meu fascínio pela pintura de David Friedrich e pelas questões que esta levanta na cultura pós moderna, na pintura de Friedrich, o infindável era reforçado, muitas vezes, com a existência de uma personagem que contemplava o espaço criado por este, geralmente figuras frágeis absortas e absorvidas pela criação que de certa forma nos representa, a nós espectadores, perante a imensidão e complexidade do que nos rodeia mas que representam uma barreira à contemplação por parte do espectador. Pode-se dizer que na sua obra o indivíduo encontra-se na barreira entre o finito e o infinito. Com este trabalho procuro criar um espaço contemplativo, mas também crítico em relação à própria experienciação de contemplar. Mais uma vez o meu objectivo é de confrontar o indivíduo com uma experiência de dissolução que só metaforicamente remeterá para a ideia de superfície. A dissolução não se encontra formalmente representada na imagem, mas antes através de algo que acontece entre esta e o espectador.

 

Data de Apresentação - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Sala do GAT, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Autoria - SANDRA RODRIGUES
Intérpretes - SANDRA RODRIGUES, SUSANA MENDONÇA

 

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SÃO_PRECISOS_2_PARA_DANÇAR_A_VALSA

. Performance Interactiva

 

São_precisos_2_para_dançar_a_valsa é uma performance interactiva que recorre a técnicas da entrevista e da dança contemporânea para desenvolver um "talk show" ao vivo e em directo. O público presente na sala pode participar enviando mensagens desde o seu telemóvel que se projectam num grande ecrã.

São_precisos_2_para_dançar_a_valsa lança o desafio ao público de participar sem se expor e de eleger o seu "representante" para dialogar com a performer. Talvez o diálogo não seja sempre o mais interessante, nem as mensagens enviadas pelo público as mais profundas, mas é de certeza um reflexo e uma reflexão sobre a comunicação contemporânea, numa época em que dispomos de meios muito sofisticados para comunicar e somos impelidos a fazê-lo, ainda que nos falte, muitas vezes, uma razão para fazê-lo, ou que o corpo fale mais claro do que as próprias palavras.

É por isso que o fim do diálogo encetado pode ser o encontro, ou desencontro, dos corpos, tal como numa valsa.

 

Data de Apresentação - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Auditório Municipal, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Ideia e Coordenação - MIGUEL CLARA VASCONCELOS
Interpretação -  MÁRCIA LANÇA
Manipulação Sonora - NUNO MORÃO
Software - NUNO COSTA, FERNANDO MARTINHO
Produção Executiva - LUÍS CHAVES
Produção - TEATRO NÃO

 

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3PRE-PRODUCTION2

. Performance Audio / Vídeo

 

O espaço como factor primordial. É comum ao desenvolvimento da arte sonora e arte videográfica encarar o espaço como algo de material para apresentar algo próprio, uma espécie de recipiente para actuar e mostrar o próprio trabalho, como se se contasse uma história, pessoal e sincera, deixando, por vezes, o público como mero espectador de um ego. O performer ocupa então e quase sempre um lugar de destaque e deixa que seja a sua experiência, intuicão e análise a comandar o decorrer da performance, tornando-se, deste modo, o factor primordial e único condicionante dessa mesma performance e espaço.
Optando por uma lógica inversa ³pRe-production² propõe como intencão combinar a dualidade existente entre material/espaco e peculiaridade/performance e construir novas dualidades em torno de peculiaridade/espaco e material/performance, em que o performer não actua com total liberdade, não tem o controlo total do espaco nem sequer reúne as mesmas condicões para construir a sua propria história, mas, actua sim, como um 'medium', testemunha do acontecimento, do diálogo entre espaço e performance, entre a vida própria e autónoma do primeiro e a história das relacões, das mudanças, deterioracões e renascimentos resultantes do segundo. O espaço, torna-se assim, o factor primordial, o principal condicionante da performance.

 

Data de Apresentação - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Hall de entrada da Câmara Municipal de Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Intervenientes - ANDRÉ GONÇALVES, DIOGO VALÉRIO, NUNO MOITA

 

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1 MINUTO E MEIO DE FAMA

. Música / Performance

 

Neste projecto, pretende-se questionar a relação entre espectador e participante de um espectáculo musical, ao mesmo tempo que se subvertem as regras do playback.O público é convidado a fazer parte de uma banda e participar numa sessão de karaoke ao vivo. A cada elemento do público participante será entregue uma cassete áudio com o registo da sua actuação para posterior utilização como fundo para playback. A ideia é produzir um fundo musical que o participante possa usar em festas ou casamentos para ter um apoio sólido no caso de se enganar na letra.

 

Data de Apresentação - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Páteo do Capote, Rua 1º de Dezembro, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Autores - INÊS AMARO & NUNO GELPI
Músicos - NUNO GELPI (TECLADOS, ETC., MIGUEL GELPI (CONTRABAIXO), MÁRIO REIS (GUITARRA), DANIEL MELIÇO (BATERIA)

 

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S.O.S.

. Performance

 

Um roupeiro. Duas personagens. (Des)encontros em fragmentos rosa: de choque, de rotina(s) e (im)possibilidades! Secretas provocações em risos desvendadas...
S.O.S. é um espaço de voyeurismo onde se pode ver o noivo e uma noiva juntos.
S.O.S. é um elemento de culto ao socialmente correcto.
S.O.S. é um conjunto de quadros sobre a vida a dois, unidos entre si por um elemento imóvel (roupeiro cor de rosa) e dois elementos móveis (noivo e noiva).
S.O.S. é a procura da poesia (intensidade) do momento (real).
S.O.S. é a coreografia dos pormenores incontroláveis.
S.O.S. é um movimento circular da fuga ao quadrado amoroso.
S.O.S. é o passar tempo e a não comunicação.
S.O.S. é concentrar o espaço de expressão ao corpo e ao que dele emana.
S.O.S. é pedir socorro.

 

Data de Apresentação - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Rua Mouzinho de Albuquerque, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Arquitectura Cénica - PEDRO SAAVEDRA
Assistência e Produção - CRISTINA MASCARENHAS
Intérpretes - JOÃO NOGUEIRA, PATRÍCIA VITO CHARNECA

 

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A CONQUISTA DO ESPAÇO

. Performance

 

O projecto recria um documentário sobre a chegada do Homem à Lua. Mais concretamente, a partir da transcrição de um documentário, foi criado um texto ou um mapa de todas as acções feitas pelos astronautas: delimitação e territorialização do espaço, colocação da bandeira, recolha de material para análise e outras acções. Seguindo esse mapa, as acções são refeitas por um performer-astronauta em Torres Vedras.

 

Data de Apresentação - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Parque de Estacionamento  - Teatro-Cine Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Conceito e Performance - HENRIQUE NEVES

 

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MANIFESTAÇÃO DE UMA PERSEGUIÇÃO MÍSTICA À TRANSCENDÊNCIA DA VIATURA

. Performance

 

Desejo intensidade, a potência turbo! Anseio possuir algo que me mova e comova de tanta sensação concentrada, de tanta suavidade nas linhas…
Persigo essa técnica espectacular, religiosamente concretizada em imagem de potência dinâmica e vitalidade! Realizo na sua performance a minha filosofia de vida. A bela carroçaria espelha a minha imagem e persigo-a movida pelo mais puro amor narcísico…
Move-se na minha frente a representação de mim mesma … mais verdadeira do que eu – Eu, a minha mais reles ilusão…
Não mais viverei estática, quando tão bem sentada no confortável banco com revestimento de qualidade… nada me inibirá a acelerações velozes!
Aí sim! Eu, reificada! Proclamando a prova da minha intimidade com a viatura…

 

Data de Apresentação - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Ruas do Centro da Cidade, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Concepção e Interpretação - ANDRESA SOARES
Condução e Interpretação - MADALENA SILVA
Instalação Sonora - TIAGO MIRANDA

 

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BANDA SONORA PARA 1 CIDADE

. Performance

 

Banda Sonora para 1 Cidade é uma performance musical de curta duração onde dois músicos dialogam com os sons, ritmos e estímulos da mais variada ordem que a cidade lhes fornece, respondendo-lhe, discutindo com ela, aceitando os seus impulsos como se ela fosse um terceiro músico.

Utilizando várias ferramentas sonoras, surpreende o transeunte desprevenido, interrompendo o seu percurso por breves instantes e devolvendo-lhe uma impressão sonora daquilo que o rodeia e dele mesmo enquanto elemento actuante nesse espaço.

 

Data de Apresentação  - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Estação C.P, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Concepção, Música e Construção de instrumentos musicais - ANTÓNIO PEDRO & FERNANDO MOTA
Produção Executiva - RODA PEDALEIRA & COLECTIVO SOPA PRODUÇÕES

 

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O QUE VOCÊ DESEJAR, O QUE VOCÊ QUISER, ESTOU AQUI PRONTO PARA SERVI-LO

. Performance

 

Este título, referente a uma obra do artista plástico Leonilson, serve como ponto de partida para investigar as relações performer/ público.
A pesquisa propõe uma performance realizada em diferentes divisões de uma casa (casa de banho, quarto e uma pequena área/sala). Cada performer receberá um espectador por vez (durante 5 a 10 min), explorando a arte como fonte de prazer visual, cinestésico, sensorial e intelectual.
O jogo, indo da cumplicidade à intimidação, submissão e à sedução serve como base desta performance.

Este trabalho é um projecto do REDE / Grupo de Artistas Independentes Colaboradores provenientes de diversas áreas de criação como dança, literatura, fotografia, performance. Integram o REDE: Astrid Toledo, Cláudia Müller, Flavia Meireles, Löis Lancaster e Wagner Schwartz.

 

Data de Apresentação - 2 e 3 de Outubro 2003

Local - Edifício Bacchus – Av. Tenente Valadim / Av. 5 de Outubro

 

Ficha Técnica

 

Concepção - CLÁUDIA MÜLLER
Criação e Performance - CLÁUDIA MÜLLER, FLAVIA MEIRELES E ASTRID TOLEDO
Acompanhamento fotográfico - LÖIS LANCASTER

 

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